E. S.: ; pois que a música é uma casca de noz. Oca. Faz toc, toc em eco por dentro. Mas o que ouvimos é só uma casca, rugosa e seca.
P. B.: O oco é controlável e conformável: dodecafonismo.
E. S.: O dodecafonismo pode ser oco: dodecafonice. Prefiro meus sons leves como ovos.
P. B.: O ovo se quebra ao menor descuido, e todo o conteúdo se perde para sempre. Tua forma é fraca; preferes o ovo porque te falta a estrutura.
E. S.: Preferes a Estrutura porque te falta a superfície delicada e seca da casca de ovo. Ou melhor, porque és seco em demasia e muito pouco delicado.
P. B.: Te falta a técnica.
E. S.: Em ti, ela excede.
M. D: Bah!, no fundo, balelas: basta assinar e estabelecer: eis a criação. Enquanto discutis, eu faço.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
sobre processos criativos
Postado por cazarim de beauvoir às 13:55
Marcadores: dialéticas, Duchamp, Erik Satie, Pierre Boulez
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1 comentários:
E a gente sofre
E a gente cria
E é bom
E é ruim - estético por excelência.
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